de: análise a partir da ótica falso-idealista como um pretexto moral para justificar a falta de auto-eficiência.

Nós somos reflexo da falta de pensamento coletivo. Somos o que bastava para o bem estar comum, o escárnio sobre a própria imagem. Nós comemos o que restou da lavagem imunda vomitada no chão e criamos defesas biológicas por mastigá-la e digerí-la ciclicamente linearmente paradoxalmente.
Somos o belo em um circo de horrores, somos deformidades sangrentas em meio ao estéril intocável, cujos gritos lascivos marcam o território não delimitado acirradamente disputado, vertiginosos passos cambaleantes na corda bamba em cima do precipício.
Fazemos apropriação do que é devidamente mais valorizável conosco, independente da integridade, cagamos na propriedade, extorquimos inocentes, assaltamos velhinhas. Destruímos o senso-comum com porradas de punho cerrado, vandalizamos a filantropia, mordemos a hóstia e a cuspimos em seguida.
Nós somos a geração sem ideais. Somos utopia, idéias, reações, inexistência de soluções. Somos a vanguarda idealista. E a vanguarda come merda e gosta.

Yo soy paraguayo e vengo para matar-te.

O mundo é uma piada. Gerald Thomas enlouqueceu, a França enlouqueceu, Lynch nasceu louco. É quase um privilégio apoderar-se dessas referências nesse caos generalizado. Veja bem, eu nasci no final de um século terrível, filho de um milênio reacionário. Pensar já é uma dádiva, mesmo que seja superficial. Afinal, quem ainda pensa? Parece demodê perder tempo preocupando-se com qualquer coisa que não se relacione com esse consumismo doentio. Esse negócio de falar de sentimentos profundos, generalizantes e atemporais não satisfaz mais ninguém. De fato, o jornal nacional já proporciona tudo, mastigado e "neutro". Não é bonito? Eles facilitaram o nosso trabalho, mon amour.
E a utopia, o deslumbramento, os ideais frágeis, a perspectiva, não passa de ópio. Afinal, tudo é efêmero, e esse é o maior clichê do universo. Falar que é um clichê ambulante também, por mais verídico que isso seja ou soe.


Vou apagar um pouco desse blog inútil, deixar só o que poderia não ser.